O embaixador da Costa do Marfim, Diamouténé Alassane Zié, veio a capital tocantinense para conhecer um pouco mais sobre o agronegócio e as possíveis parcerias com o Estado. Acompanhado de um intérprete e da consultoria financeira do seu país, ele ficou na cidade entre quinta (11) e sexta-feira (12).
De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT), na manhã de sexta, o embaixador visitou a Secretaria de Indústria e Comércio para apresentação das potencialidades do Tocantins e da Costa do Marfim ao então secretário, Carlos Humberto Lima.
Foram tratados assuntos sobre exportações e importações entre o Brasil e a Costa do Marfim; sobre os produtos brasileiros com maior potencial de vendas; sobre os principais fornecedores do país e afins, entre outros assuntos.
Na quinta-feira pela manhã, o embaixador visitou o Palácio Araguaia em Palmas e a tarde participou da apresentação do projeto de produção de bioetanol a partir da batata-doce, apresentado pelo presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT), Márcio Silveira na usina de etanol localizado na Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Marcio Silveira, presidente da FAPT, fala sobre a valorização da nossa tecnologia.
“O Brasil ainda não valorizou, essa é a verdade, mas que bom que a Costa do Marfim veio aqui em busca de tecnologia. O que eu acho mais interessante, quando a gente fala que investimento em ciência e tecnologia é importante, porque nós somos considerados vendedores de matéria-prima”.
O embaixador da Costa do Marfim no Brasil, Diamouténé Alassane Zié, engenheiro agrônomo por formação, disse que veio em busca de tecnologia e encontrou no Tocantins muito mais.
“Nosso país tem as mesmas similaridades do Brasil, tanto com relação ao clima como também ao solo. A batata-doce que nós conhecemos é considerada alimento de pobres. E vê que tem muito valor agregado a batata-doce, nos faz querer adquirir essa tecnologia para implantar em nosso país, principalmente com foco na agricultura familiar.” enfatiza o diplomata.
Luís Eduardo Bovolato, reitor da UFT, aborda as potencialidades do nosso estado para produção de biocombustíveis.
“Isso precisa ser mais difundido internamente para que os produtores conheçam essa possibilidade e o potencial imenso que o Tocantins tem na produção de combustíveis provenientes da produção vegetal”, conclui o reitor.