O motorista Gercione Soares, 44 anos, foi morto a tiros após reagir a abordagem policial na manhã deste domingo (23) em Paraíso do Tocantins, região central do estado.
Os militares foram acionados para atender uma ocorrência de violência doméstica, após Gersione, que estava separado da mulher, ter ameaçado a ex-companheira por não aceitar o fim do relacionamento. O casal estava separado a mais de seus meses.
Imagens de câmera de circuito de segurança, divulgadas nas redes sociais, mostram o momento em que os dois militares, um sargento de 50 anos e um soldado de 20, conversam com o motorista.
Momentos depois os militares tentam conter Gersione com o uso de spray de pimenta e o uso de cacetete. Nesta hora, o motorista reage e parte para cima do sargento que estava com o cacete, e entra em luta corporal com o militar. Ele toma o cacete do policial e a agredi-lo.
O soldado volta a aplicar spray de pimenta e tenta novamente sem sucesso imobilizar Gercione. Ele investe contra o soldado armado com o cacetete, enquanto o sargento está no chão. O soldado se afasta e Gercione volta a agredir o sargento com vários golpes.
Os dois militares e o motorista entram em luta corporal, momento que de acordo com a versão da Polícia Militar, Gercione teria tentado tomar a arma do sargento que estava no chão. Ao perceber que a vida do colega estava em risco o soldado atirou duas vezes contra Gercione. Ainda de acordo com a PM, o motorista foi atingido na perna e na região do abdômen.
O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) foi acionado e socorreu a vítima, que foi levada ao Hospital Regional de Paraíso. Gercione não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A mulher, vítima de violência doméstica, foi levada para delegacia, junto com o filho para prestar depoimento. Segundo a PM, ela já tinha medida protetiva contra o ex-marido. Ele tinha agem pela polícia por ameaça, lesão corporal e perseguição contra a ex-esposa, além de estelionato.
Os nomes dos policiais e do homem morto não foram divulgados pela PM. A perícia esteve no local e o caso deve ser investigado pela Polícia Civil.
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