A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (18), a operação “Alligator” com o objetivo de capturar um homem responsável por mais de 20 ataques a caixas eletrônicos no Tocantins, Goiás e Maranhão.
Durante a ação em que o homem foi preso em Pequizeiro, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Delta (MG) e Goiânia (GO), em residências de pessoas ligadas ao criminoso que são suspeitas de lavagem de dinheiro.
Com o suspeito, foi encontrado todo o material usado para a prática do crime, como réguas, fitas adesivas, colas, vários envelopes de depósito bancário, além de uma quantia em dinheiro. O suspeito foi preso e encaminhado a Casa de Prisão Provisória de Guaraí.
Investigação
No Tocantins, a investigação da Divisão Estadual de Repressão ao Crime Organizado (DEIC de Palmas) iniciou no mês de maio deste ano, a partir da primeira ação do criminoso realizada em Araguaína. Na ocasião, acusado se dirigiu até agência bancária e com auxílio de uma espécie de régua com adesivo na ponta subtraiu do interior dos caixas eletrônicos 10 envelopes contendo dinheiro e cheques. A técnica é conhecida no meio criminoso como “Pescaria” e “Boca de Jacaré”.
Já sendo investigado, o indivíduo seguiu em uma sequência de mais 12 ações criminosas no Estado durante os meses de junho, julho e agosto. No dia 23 de maio, o homem atacou a agência de um banco, em Palmas, no dia 13 de junho cometeu o mesmo crime em Guaraí e nos dias 19 e 20 de junho, o criminoso atacou em sequência, quatro agências bancárias de duas diferentes instituições financeiras na capital tocantinense.
Em julho, o homem voltou para Araguaína e cometeu o mesmo crime findando a sequência de ataques no Tocantins, no dia 10 de agosto.
Durante esse mesmo período o criminoso também atuou em duas oportunidades na cidade de Imperatriz do Maranhão. Em 2020, o mesmo criminoso atuou nos Estado de Goiás em pelo menos sete ataques contra agências bancárias.
Segundo o coordenador da operação, o delegado Eduardo Menezes, da DEIC-Palmas, nesse modelo de atuação, o criminoso se dirige até o caixa eletrônico do banco, simulando a realização de um depósito, para que a agem destinada à inserção do envelope se abra. “Nesse momento é inserido um objeto em forma de régua com uma fita adesiva afixada em sua extremidade, a cola constante na fita, em contato com envelope de papel, faz com que o mesmo grude na régua, possibilitando, assim, que o marginal possa retirar um a um, do interior do terminal. Merece destaque a perspicácia do investigado no que se refere aos dias e horário escolhidos para os atentados. Conforme se infere do exame de todos os boletins de ocorrências registrados, os dias da semana sempre são o domingo e a segunda-feira, logo ao amanhecer”, explicou.
Além da pouca movimentação de clientes durante o período, o criminoso agia aos domingos e segundas por conta da maior quantidade de envelopes aguardando a conferência e compensação pelo banco.