Mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa foram cumpridos nesta quarta-feira (30), em quatro cidades do Tocantins. A ação faz parte de uma investigação contra um grupo especializado em roubo de defensivos agrícola. Eles estariam envolvidos no crime ocorrido em uma fazenda de Silvanópolis, quando R$ 900 mil em produtos foram levados, segundo a polícia. Quatro suspeitos foram presos.
A operação, nomeada como ‘Evolution’, foi realizada em Porto Nacional, Monte do Carmo, Silvanópolis e Palmas. Os investigados são T.D.A.M. de 27 anos, vulgo TH, L.L.R. de 41 anos, vulgo Banguela, G.B.S.L. de 29 anos, vulgo Gui e G.C.A.F. de 27 anos, vulgo Barone. O g1 não conseguiu contato com a defesa deles.
Nesta quarta-feira, a polícia cumpriu mandados de prisão preventiva contra TH e Banguela, que estavam presos na Unidade Penal de Porto Nacional por crimes anteriores à operação. O suspeito ‘Gui’ está em prisão domiciliar com uso de tornozeleira e Barone foi preso em flagrante em Monte do Carmo por posse ilegal de arma de fogo.
Roubo em Silvanópolis
As investigações iniciaram após um roubo de defensivos agrícolas em uma fazenda de Silvanópolis, no dia 28 dezembro de 2024. Os produtos, avaliados em cerca de R$ 900 mil, foram recuperados no dia seguinte.
Segundo a polícia, cinco assaltantes chegaram até a propriedade rural armados e renderam os moradores do local. Foram levados um caminhão basculante e a carga de defensivos agrícolas. Na época, um dos suspeitos chegou a ser preso, mas foi solto posteriormente. No dia 11 de março, ele foi preso novamente, mas desta vez suspeito de um sequestro em Ipueiras.
O delegado Gustavo Henrique da Silva Andrade informou que durante as investigações foi possível identificar que os suspeitos planejaram o crime quase um mês antes. Eles estudavam o local e analisavam a rotina da fazenda, além do policiamento na região.
“Após análise de dispositivos informáticos, foi possível identificar um grupo criminoso que articulou a ação, o núcleo responsável pela escolta da carga, o núcleo do articulador e o planejador do crime, bem como o apoio logístico de transbordo da carga e local de armazenamento para ‘esfriar’ os produtos. Pela análise dos dados, foi possível identificar que os investigados planejaram o crime, ao menos, 22 dias antes, fazendo levantamentos do local e estudando melhor data para cometer o crime, analisando os riscos desde a rotina da fazenda, quanto da possibilidade de policiamento na região”.
Segundo a polícia, o grupo também tinha um número de telefone para ligações regulares e outros para fazer o planejamento do crime, ato que eles denominavam como ‘fazer o trampo’.
As investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro) e para operação contou com o reforço de policiais civis da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT), da 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional), 1ª DP de Palmas e 70ª DP de Porto Nacional.
