Foi concluído nesta terça-feira (14) as investigações da Polícia Civil do Tocantins sobre um crime de estupro de vulnerável que indiciou um indivíduo de 53 anos, pela prática, de forma continuada, do crime contra sua própria enteada que foi abusada sexualmente dos 11 aos 17 anos.
O inquérito policial foi presidido pelo delegado-chefe da 22ª Delegacia de Xambioá, Márcio Lopes e demonstrou que os crimes foram praticados na cidade de Xambioá, e teve inicio quando a vítima, hoje com 21 anos, tinha apenas 11 anos, e continuaram por vários anos até que a adolescente engravidou do agressor, com a idade de 14 anos.
Durante as investigações ficou evidenciado que as violências sexuais ocorriam no ambiente familiar, ou seja, numa fazenda na zona rural de Xambioá, onde a então criança e depois adolescente morava com a sua mãe, irmãos o padrasto agressor.
Segundo o delegado Márcio, as investigações demonstraram que das várias violências sexuais sofridas, que sempre aconteciam sem uso de preservativo, a vítima engravidou do agressor aos 14 anos de idade. Embora o agressor tenha por diversas vezes tentado fazer com que a vítima abortasse a gravidez, a criança nasceu saudável e até hoje goza de boa saúde, contando atualmente com 5 (cinco) anos de idade.
Em uma de suas declarações, a vítima narrou que o padrasto, quando soube da gravidez, lhe obrigou a tomar duas vezes ao dia sumo de limão até que sentisse a dor do aborto, relatando ainda que em outra ocasião ele a obrigou a tomar “fel de paca”, tudo para que ela abortasse.
Conforme se apurou, as violências sexuais só cessaram após a vítima ar a morar com um jovem em outra cidade do Estado do Pará, isto quando completou 17 anos de idade.
Depois disso, o suspeito ainda obrigou a mãe da vítima a ligar para ela alegando que estava muito doente e pedindo que ela fosse visitá-la. A vítima atendeu ao pedido da mãe, mesmo com medo, e na noite deste dia, quando dormia ao lado do seu filho, foi pela última vez estuprada pelo padrasto, crime que ocorreu sob ameaça de cortar a garganta da criança.
Ao chegar em casa e contar o fato para o jovem companheiro, este a convenceu a procurar a Polícia Civil para denunciar o caso. Exames de DNA atestaram que o filho da vítima é realmente filho do agressor. O inquérito policial foi concluído e remetido à Justiça com indiciamento do investigado pelo crime de estupro de vulnerável de forma continuada