Uma megaoperação realizada pelas policias civis do Tocantins e Maranhão com apoio do Ministério Público do Tocantins na manhã desta segunda-feira (15), terminou com mais de 20 pessoas presas suspeitas de praticarem homicídios, tráfico de drogas, tortura, destruição de cadáver, dentre outros crimes, em Augustinópolis, norte do estado.
Aproximadamente 100 policiais participaram da ação que visou cumprir um total de 43 mandados de prisão preventiva, prisão temporária e busca e apreensão nas cidades de Augustinópolis, na região do Bico do Papagaio, João Lisboa e São Luís, ambas no Maranhão. Os alvos já vinham sendo monitorados pela Polícia Civil há cerca de dois meses.
Um dos alvos foi morto ao trocar tiros com a polícia. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
O delegado titular da 12ª Delegacia de Polícia Civil em Augustinópolis e coordenador da operação, Jacson Wutke, explicou que além do cumprimento de mandados, a Operação teve o objetivo de impedir que a facção criminosa do Maranhão se instalasse no município tocantinense.
“Hoje nosso principal objetivo é desarticular uma organização criminosa que buscava se enraizar aqui no município de Augustinópolis. Basicamente uma atuação voltada para o tráfico de drogas e homicídios. Até o momento 21 pessoas foram presas, eram 23 mandados de prisão, tivemos dois evadidos e um que acabou indo a óbito em razão de confronto com a polícia. Mas de um modo geral foi uma operação exitosa, tivemos grande apreensão de drogas e armas de fogo e outros objetos que vão ajudar a elucidar os crimes investigados pela Polícia Civil”, destacou o delegado.
Pelo menos três homicídios que ocorreram na cidade tocantinense nos últimos dias podem estar relacionados com a ação da organização criminosa. Em um deles, o corpo de uma mulher foi queimado e jogado em um matagal. Em outro, os suspeitos dispararam contra um homem que estaria vendendo drogas sem autorização.
Houve também a morte de um membro da organização do Maranhão, em retaliação aos homicídios praticados pela facção. Um homem foi assassinado com pedradas na cabeça.
Antes de seres mortas, as vítimas eram obrigadas a gravar um vídeo afirmando que a organização tinha poder sobre a cidade.
Prisões
Do total de mandados, 23 eram de prisões, dos quais 21 foram cumpridos já que dois dos alvos conseguiram fugir antes da chegada da polícia.
Do total de presos, sete eram mulheres que estavam sendo investigadas por associação criminosa e tráfico de drogas.
Um menor de 16 anos também foi apreendido, apontado como integrante de facção criminosa. O adolescente tem longa ficha criminal envolvendo crimes como homicídio e ocultação de cadáver.
Tanto as mulheres como o adolescente foram encaminhados para a Central de Flagrantes em Araguatins para depois serem reconduzidos para as Unidades Prisionais.
Já os homens presos nesta operação foram conduzidos diretamente para o presídio de Augustinópolis.
A Operação Absterge, que faz menção a limpeza ou purificação, também acontece dentro do Presídio de Augustinópolis, no qual será realizada uma revista nas celas.